Ípsilon/Sexta-feira 12 de Outubro 2012
Ao longo da minha vida escolar e universitária tive a sorte de ter bons e grandes professores e este foi, sem dúvida, um desses casos.
Por vezes, penso que determinadas pessoas passaram na minha vida cedo demais, sem que os tenha sabido apreciar o suficiente. O "meu" professor Urbano Tavares Rodrigues tem uma história de vida maior que a própria idade que hoje. Com quase 89 anos diz o que pensa sem papas na língua, é educado, um pensador, um escritor e pai de um filho de seis anos.
Cruzámo-nos quando eu tinha 20 anos, na Universidade Autónoma de Lisboa. Ele professor de Escrita Criativa, eu aluna do 3º ano do Curso de Ciências da Comunicação. As aulas começavam quase sempre do mesmo modo. Começava por nos ler um excerto de um livro para nos aguçar o apetite e daí tínhamos de continuar a história. Li uns quantos livros à conta do espicaçar que nos proporcionava nessas aulas. Hoje, tenho pena, muita pena, de não estar a começar o meu curso agora, com a idade que tenho, com o que já vivi. Tenho a certeza que aproveitaria muito mais e me fariam muito mais sentido determinadas coisas.
Hoje a revista Ípsilon do Público traz uma entrevista com este senhor. A não perder.
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