sexta-feira, 1 de junho de 2012

Genéricos

Acabada de sair do hospital com o meu pai, pela segunda vez na mesma semana e depois de uma média de 12 horas de espera em cada um dos dias, eis-me chegada à farmácia para aviar os medicamentos que o médico tinha prescrito. Pedi especificamente ao médico para não me passar genéricos e ele fez-me a vontade. Entre antibiótico, anti-inflamatório, protector gástrico e paracetamol, o paracetamol foi o único que me passou genérico e eu nem reparei. Adiante. Chegada à farmácia, digo à senhora que quero tudo o que o médico receitou menos o genérico do paracetamol, que lhe pedi especificamente para ser Ben-u-ron. A senhora diz-me que sim e traz-me o Ben-u-ron e todos os outros genéricos dos restantes medicamentos. O que me saltou primeiro à vista foi o antibiótico. Disse à senhora: Desculpe, o médico passou o original deste antibiótico e é esse que eu quero, foi o que lhe disse assim que lhe dei a receita. Resposta da senhora: Haa, sabe, mas este é igual e é mais barato. Leve antes este. Ao que lhe respondi que não estava interessada em genéricos e que queria mesmo o original. A muito custo a senhora lá foi buscar uma caixa do original e começou a escrever a posologia na caixa. Entretanto como ia lançada, começou a escrever também na caixa do anti-inflamatório, que por sinal era genérico. Apercebi-me e deixei-a acabar de escrever. Quando colocou a caixa do anti-inflamatório genérico sobre o balcão, disse-lhe: Desculpe, não foi isto que eu pedi, nem que o médico prescreveu. Ao que a senhora me responde: Haaa, mas o médico não trancou a receita, por isso pode levar genérico. Já sem muita paciência depois de horas infindáveis num hospital perguntei à senhora se tinha algum problema de audição ou de compreensão. Ao que a senhora me responde que não. Tive de lhe perguntar qual era a parte do NÃO QUERO GENÉRICOS que não tinha percebido. Voltou a insistir que os genéricos eram iguais e que eu podia levar à confiança. Perdi a paciência e disse-lhe para me devolver a receita que ia comprar os medicamentos a outro lado. Ao que me respondeu: Haaa, mas agora já escrevi nas caixas. A minha resposta foi, obviamente: Haa, pois, tenho muita pena, mas isso é um problema seu e com a vontade que tem de impingir genéricos, tenho a certeza que não vai ter dificuldade em vendê-los num instante. Já agora, só por curiosidade, quantas caixas é que a sua farmácia recebe de graça por cada caixa de genérico vendido?! Ficou branca, azul, esverdeada. Virei costas e fui a outra farmácia....arrependida por não ter escrito no livro de reclamações.

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