segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Óscars 2015 - 2ª Rodada

Boyhood  

Este fim de semana só deu mesmo para ver este filme, mas mesmo que tivesse dado para mais acho que escreveria um post só mesmo dedicado a Boyhood.
Não é o filme da minha vida, mas é um filme da vida. Uma história como tantas outras onde há uma mãe que se separou do pai dos filhos, que ficou sozinha com duas crianças, que vivia com poucas condições e teve força para começar a estudar de novo, para seguir o seu sonho e para ter uma vida melhor. Pelo meio casou duas vezes (com duas bestas) e voltou a divorciar-se. Os dois filhos foram crescendo, porque a vida também não pára para eles. O pai (Ethan Hawke) era o típico irresponsável que não estava preparado para ser pai e deu à sola. Aparecia de vez quando com prendas fixes e que há medida que os anos vão passando ele próprio vai crescendo. O que tem de especial este filme? É que foi filmado ao longo de 12 anos e a evolução física das personagens é mesmo verdadeira. O Mason (personagem principal) tinha 5/6 anos no início do filme e nas últimas cenas tem 18. 
Quase no final do filme dou por mim a chorar, ainda antes da mãe (Particia Arquette), porque o Mason vai para a faculdade. Dei por mim a pensar: isto tudo passa tão rápido, eles nascem, crescem, saem de casa (já mencionei que nem sequer tenho filhos? - Estou toda lixada, sim é um facto). No final de contas o que interessa são os momentos, aliás uma das mensagens do filme é mesmo essa. Todos nós fazemos escolhas que alteram as nossas vidas e as vidas dos que nos rodeiam. Essas decisões trazem coisas boas e coisas más, o mais importante é aprendermos com tudo o que nos acontece e tentar ultrapassar as dificuldades. Pelo caminho vamos coleccionando momentos, momentos esses que no fim de contas são a nossa própria vida.
Quem viu a triologia Antes do Amanhecer com o Ethan Hawke vai gostar dos dialogos do pai com os miúdos. Acho que o Ethan Hawke tem uma capacidade enorme para interpretar maravilhosamente estes diálogos escritos pelo Richard Linklater. 
E depois há a banda sonora que nos transporta para cada uma das épocas em que o filme é passado: de Coldplay a Lady Gaga, passando por Paul McCartney, Daft Punk, Foo Fighters.
Gostei, mas percebo quem ache que não acontece nada de especial no filme. É "apenas" um filme sobre a vida.



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