segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Circo

Domingo foi dia de circo. Quando era miúda, todos os anos ia ao circo, normalmente no Natal, a empresa da minha mãe organizava uma festa no circo e lá íamos nós. Sempre detestei os palhaços, achava tinham um ar sinistro. Gostava dos trapezistas e dos números com leões, tigres, elefantes. Entretanto cresci e comecei a aperceber-me de que os animais não eram propriamente bem tratados. Não sei se são espancados ou não para fazerem aqueles números tão bonitinhos, mas o que é certo é que um animal seja ele qual for fechado uma vida inteira dentro de uma jaula pouco maior que ele, me faz uma confusão tremenda. Fiz boicote ao circo durante 20 anos e este fim-de-semana voltei a pedido do sobrinho lindo. Não fiquei extasiada, mas até gostei. O único animal que tinham era um cão, que fazia as mesmas coisas que o meu faz, a troco de guloseimas. Quero acreditar que este não passa o dia fechado numa jaula. Penso que será um animal doméstico, de companhia, um companheiro. Espero que seja. 
Confirma-se que passados 20 anos continuo a não gostar de palhaços e a achar piada a trapezistas, mas há uma coisa que me faz confusão. O circo é assim, mais coisas para crianças, certo? Por que carga de água é que as trapezistas andam com meias de rede e fio dental? Será para conseguirem fazer com que os papás levem a criançada ao circo, na esperança de verem um belo rabiosque?!

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