Ontem, estava a preparar-me para ir para a cama quando no zapping de final de noite me deparo com este filme: "Before Sunset" é a continuação do "Before Sunrise". Já vi ambos os filmes algumas vezes, mas não me canso dos diálogos, parecem tão naturais, parece que não há um guião e que é uma conversa tão normal que flui tão naturalmente, simples como o amor deveria ser.
O primeiro filme "Before Sunrise" é a história de um casal que se conhece num comboio a caminho de Paris. Ela (Julie Delpy) é francesa, ele (Ethan Hawk) um turista americano que a convida a fazerem uma paragem em Viena e a passarem o dia juntos, antes dele apanhar o avião de volta a casa. O filme passa-se entre diálogos deliciosos sobre amor, sexo, ideais, relacionamentos enquanto passeiam pela cidade. No final do dia, não trocam qualquer contacto e combinam encontrar-se dali a meio ano no mesmo sítio...e assim acaba o filme. Como romântica que sou, ou era, na altura em que vi o filme pela primeira vez, tinha a certeza que se voltariam a encontrar, e não é que encontraram?! E daí surgiu este filme que vi, de novo, ontem: "Before Sunset". Passaram 9 anos desde o primeiro encontro. Não se encontraram 6 meses depois como estava combinado porque a avó dela faleceu. Andaram desencontrados durante 9 anos, mas encontraram-se, por acaso, depois dele escrever um livro sobre a noite em se conheceram e de o ir promover a Paris. Voltam a passar o dia juntos, dispostos a descobrir se o que os uniu naquela noite existiu mesmo. Os diálogos continuam deliciosos. Ele continua a ter pouco tempo e a ter de apanhar o avião de volta para os Estados Unidos e o tour desta vez é por Paris. O último diálogo é:
Ela: Vais perder o avião.
Ele: Eu sei.
FIM.
A minha parte romântica acredita que ficaram mesmo juntos para sempre.
A minha outra parte pensou, ele perdeu o avião, chegou a casa levou nas orelhas da mulher (sim, em nove anos casou, teve um filho), possivelmente divorciou-se...ficou amargo. Ela acabou com o namorado que dizia que amava, ou não e continua tudo na mesma. Gosto mais do primeiro final, mas estou a ficar amarga e as coisas não são assim tão simples. Mas é bonito pensar que esta história teve mesmo um final feliz e que há coisas que têm de acontecer e há pessoas que têm de entrar nas nossas vidas para as mudarem para sempre.
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