Hoje estou triste e nostálgica. Não é por ser Dia dos Namorados e estar sozinha, acho que é por ser mais um dia que passa em que estou só.
Tenho andado a pensar muito na minha vida e naquilo que se tornou, nos últimos 3 anos. Tinha tantas certezas, tantos planos. Aos 17, quase a fazer 18 entrava na faculdade. Aos 21/22 começava a trabalhar. Aos 25/26 comprava casa, casava. Aos 28/29 tinha o primeiro filho. aos 32/33 estava grávida do segundo filho. Lá mais perto dos 40 tinha o terceiro filho e vivíamos todos juntos e felizes para sempre.
Tudo correu como planeado até aos 29/30, estou portanto com um filho em atraso e a caminho do segundo filho em atraso. É assim a vida. Nem sempre é como planeamos e quando de repente tomamos consciência disso é triste, é difícil, é complicado. Penso que não é impossível. Basta re-escrever a história a partir de determinada altura. A partir da altura em que começamos a improvisar e a saír do guião que estava pré-escrito. Neste momento, esqueci-me das minhas deixas para continuar esta história mas também não estou com capacidade para improvisar. Estou num beco, sem saída, mas cheio de sinais de proibição de fazer inversão de marcha.
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