quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Meu Querido Mês de Agosto
No tempo em que não se usavam cintos de segurança e íamos 7 num carocha rumo ao Norte de Portugal...Parecem longínquos esses tempos e quase impossíveis. Ainda estou para perceber como conseguíamos fazer uma viagem de pelo menos 10 horas dentro de um carocha. Quatro adultos, três crianças, malas, sacos, bolas, bonecos, skates, Bota Botilde, almoço, lanche...Mas conseguíamos e era tão bom. Viagens a cantar, a fazer jogos com as matrículas dos carros, a perguntar o que queriam dizer os sinais da estrada, a cantar, a acenar às pessoas que iam nos outros carros, com os cabelos aos vento fora das janelas, a vomitar nas curvas...Saír de Lisboa de manhã muito cedo, chegar ao destino ao final do dia com os avós à nossa espera de braços abertos e sorrisos rasgados...A avó a fritar batatas para o jantar e o avô a montar o baloiço. O reboliço, o barulho, os franciús, como lhes chamávamos, a parlar metade português, metade francês. Os canais espanhóis na tv para nós que apenas tínhamos 2 canais de tv era a loucura. Sim, só existiam 2 canais de televisão. As vacas que estavam muitas vezes prenhas nessa altura, os bezerros a nascer, a burra Paula Cristina e depois o burro Rafael, as galinhas, as rolas, os cães Tarzan e Roni, os gatos que eram tantos que nem nomes tinham. Os primos, todos os anos conhecíamos mais um. As noites passadas a contar estrelas e a ouvir as histórias do avô. Saudades, muitas saudades. Parece que já nem calor faz à séria no mês de Agosto.
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